CAPÍTULO 49
Quando o Corpo Diz o Que a Alma Cala
Ele a beijou. Um beijo úmido, molhado, profundo. Os corpos se moviam em harmonia, como se tivessem ensaiado aquilo a vida inteira. O ritmo crescia aos poucos, mas o que ardia ali não era pressa. Era descoberta.
— Você é... — ele tentava dizer. — Incrível... quente... viva...
Ela agarrou o cabelo dele, trouxe o rosto para perto e o beijou de novo.
— Me sente... — ela murmurou. — Sente que eu sou de verdade. Que eu tô aqui.
Ele começou a gemer mais alto. O corpo inteiro tenso, prestes a explodir. Ela gemeu junto, sentindo-o se perder dentro dela.
O prazer veio como uma onda. Juntos.
— Alinna... — ele gritou, afundando o rosto no pescoço dela.
— Eu tô aqui... — ela respondeu, segurando-o com força. — Eu tô aqui...
Eles ficaram abraçados assim. Nus. Molhados. Enrolados um no outro.
Por alguns minutos, o mundo não existia. Só a água do rio, o cheiro de vinho na grama, e dois corações tentando reaprender a bater no mesmo compasso.
Ele ainda