CAPÍTULO 54

Ciúmes, desejo e a fúria de quem sente que finalmente tem algo a perder.

O jantar foi simples. Um restaurante aconchegante no coração da Toscana, mesas de madeira, guardanapos de pano, luz amarelada e um vinho leve que deixava os olhos de Alinna ainda mais doces.

Ela parecia feliz.

— Tá gostando? — Eduard perguntou, observando-a com prazer quase orgulhoso.

— Tô amando. Tem gosto de normal. E isso... depois de tudo... é raro.

Ele sorriu e tocou a mão dela por cima da mesa.

— Então aproveita. Você merece cada pedaço de paz que conseguir arrancar de mim.

Ela riu.

— Sabe que você ainda é o caos... mas agora um caos gostoso.

Terminavam as últimas gotas do vinho quando levantaram para sair. Eduard pagava a conta no caixa, e Alinna esperava um pouco afastada, mexendo nas unhas, sorrindo sozinha.

Foi quando ela apareceu.

Uma mulher mais velha. Linda. Elegante. Corpo de dar inveja a qualquer garota de vinte e cinco. Olhou para Alinna com desdém, depois se aproximou de Eduard com pa