Eu olhava para Cayden com os olhos marejados, sem conseguir entender o que acontecia dentro de mim. Ele, tão tranquilo, tão sereno, dizendo coisas que eu não sabia como processar. Como ele podia olhar para aquele bebê dentro de mim e aceitá-lo com tanta naturalidade, sabendo que não era dele? E, pior ainda, sabia que era filho de Brandon, a pessoa que ele mais odiava no mundo.

— Você realmente aceitaria um filho que não é seu? — perguntei, a voz falhando. Meu peito se apertava só de pensar na resposta — Um filho de alguém como Brandon?

Cayden olhou para mim com uma ternura inusitada. Ele se aproximou lentamente, como se tentasse não assustar os demônios que habitavam minha alma. Seu olhar não era de raiva, nem de reprovação, mas sim de compreensão, como se soubesse exatamente o que eu estava passando.

— Naira, você é a mulher que eu sempre amei. — confessou, e suas palavras tinham um peso imenso, uma certeza que me fez vacilar — Esse bebê, independentemente de quem ele é filho, é uma