Eles surgiram como sombras cortando a luz do fim de tarde. Homens de preto. Capuzes ocultando os rostos. Um deles me agarrou pelas costas antes que eu pudesse reagir. Tentei gritar, mas a mão áspera e pesada tapou minha boca, abafando qualquer som. Senti o coração disparar. Não consegui lutar. Fui erguida do banco como se fosse feita de vento e arrastada até um carro escuro, estacionado a poucos metros da praça.
O desespero me consumia. A última coisa que vi antes de ser empurrada para dentro do porta-malas foi um borrão do mundo à minha volta. A única coisa que vinha a minha mente era Cayden que tinha ido comprar um picolé pra mim.
No escuro, entre solavancos e o barulho abafado do motor, chorei em silêncio. E pela primeira vez desejei com toda a força que fosse Brandon o responsável por aquilo. Porque, se fosse ele, pelo menos... eu ainda estaria viva. Ainda estaria inteira. Mas isso doía tanto. Acreditar que ele fingiu me deixar ir, só pra me puxar de volta.
O carro parou. Fui arra