A chuva começava a ameaçar o céu, cobrindo a cidade com nuvens escuras e pesadas, como se até mesmo o tempo pressentisse o que estava por vir. Eu atravessava as ruas sem rumo, dirigindo como um condenado. O meu rosto ainda ardia onde um soco me acertou mais cedo, mas eu ignorava a dor física. Nada era pior do que o desespero que corroía minhas entranhas.
Naira havia desaparecido. O banco da praça vazio me assombrava. O picolé que eu comprei para ela havia se derretido no chão. Eu corri, gritei seu nome, revistei banheiros, lojas, perguntei para vendedores e transeuntes. Ninguém tinha visto nada. Era como se ela tivesse evaporado.
Eu tinha certeza. Brandon. A ideia martelava em minha mente como um tambor incessante. Precisava encontrá-lo. E, se fosse o caso, matá-lo.
Ao descobrir que Brandon estava em um shopping novo da cidade para uma inauguração, eu não pensei duas vezes. Fui até lá, sem plano, sem cautela. Tudo o que eu queria era respostas. E Naira de volta.
No estacionamento sub