A CONCUBINA

A CONCUBINAPT

Romance
Última actualización: 2025-09-17
Aristela Prado  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Desde aquela noite, Eva jurou nunca mais se envolver com nenhum homem, mas mal ela sabia que o seu destino tinha sido traçado no momento em que deitou na cama do homem mais poderoso e cruel do reino. Ele é um príncipe. Acostumado com poder, respeito e mulheres que se rendem ao seu toque. Mas naquela noite, em um bar insignificante, uma simples plebeia ousou o provocar com seus olhos de esmeralda. Ela deveria ter sido apenas uma distração, um corpo a mais em sua cama. Em vez disso, o fez desejar pela proxima vez. Ela pode ser uma simples plebeia, mas despertou a obsessão de um principe arrogante, que não está disposto a tê-la apenas por uma noite e a deseja como sua concubina.

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Capítulo 1

Traída Pela Própria Família

Eva Volaine

“Você tá bem?”

Levantei os olhos do meu celular, franzindo a testa para olhar para Aurora. Eu estava me sentindo péssima.

“Ele não me responde desde ontem” falei.

Meu namorado, Kevin, tinha viajado na sexta para visitar a avó na Carolina do Sul e disse que chegaria de volta a Los Angeles no sábado de manhã. Já era domingo e ele não respondia minhas mensagens desde que me avisou que tinha chegado na casa da avó. Eu estava preocupada, com medo de que algo tivesse acontecido.

“Deve estar ocupado, dormindo… ou com dor de barriga” disse Aurora. “Ele vai responder depois. Agora vamos, não quero chegar tarde, meu pai vem hoje.

Ela entrou no bonito Audi vermelho que dirigia e eu sentei no banco do passageiro.

A gente tinha parado na loja da estilista para buscar os vestidos da nossa formatura, que seria na semana seguinte. Hoje ia ter um desfile de moda para arrecadar dinheiro para a festa, patrocinado por uma marca famosa de roupas de banho e de verão.

“Ele vai mesmo?” perguntei, confusa, colocando o cinto. “Mas ele não é… sei lá… um ditador ou algo assim?”

Ela franziu a testa.

“Ditador?” repetiu.

“Sei lá… prefeito? Ah, não! Cozinheiro, né?”

Desde o início da faculdade de medicina, quando passamos a dividir apartamento, eu sabia que Aurora era de uma cidade pequena na Alemanha e que o pai dela era importante lá, cuidando de muitos negócios.

Já tinha visto algumas fotos dele: não se parecia muito com Aurora e nunca sorria nas fotos. Ela dizia que ele era sério e meio ranzinza. Em seis anos de curso, eu nunca tinha conhecido ele.

“Chef” ela me lembrou. “E não é “chef” como aqui, de cozinha. Lá significa…”

“Tipo “o chefe”, mas com mais poder, né?” completei, sem dar muita importância, enquanto tentava ligar para Kevin de novo. Nada. Ia direto para a caixa postal.

“Mas que bom que seu pai vem te ver” falei, guardando o celular no bolso e desistindo. Meu namorado não respondia e eu nem sabia se meus pais iam aparecer…

Além dele, meus pais estavam ocupados trabalhando. Pelo menos compraram os ingressos para apoiar a festa de formatura. Eu não os culpava, sempre se esforçaram para me ajudar a me formar.

“Sinto muito” disse Aurora, sincera.

“É só um desfile” falei, tentando diminuir a importância para não me magoar.

“É, só um desfile” concordou.

Desfilar para uma marca profissional era mais difícil do que eu imaginava. Havia muita pressão para entrar na passarela e um monte de gente assistindo.

Quando saí do palco e fui para os bastidores trocar de roupa, peguei o celular para ver se Kevin tinha respondido. Eu tinha comprado a entrada dele e estava preocupada que ele estivesse do lado de fora sem conseguir entrar.

Franzi a testa ao ver uma mensagem de um número desconhecido. Abri por curiosidade e percebi que a pessoa me bloqueou logo depois de mandar. Fiquei paralisada quando vi várias fotos no chat. Minhas pernas e minhas mãos começaram a tremer.

Eu não conseguia acreditar no que estava vendo.

Por mais que olhasse, queria me convencer de que aquilo não era real, que era montagem ou uma piada de mau gosto. Mas era impossível negar: era o Kevin, em várias fotos com uma mulher tatuada e de cabelo verde. Eles se beijavam, estavam na praia, no quarto, nus… Até tinha um vídeo que ela mesma gravou no espelho, enquanto ele a fodia por trás.

E não eram só imagens daquele fim de semana. Algumas eram de mais de dois meses atrás, eu lembrava porque ele estava com um corte de cabelo diferente, com um desenho de raio.

Deixei o celular na mesa, sentindo minha mente ficar embaçada. Tentei até ver se que aquilo era IA ou algum tipo de montagem, mas parecia real mesmo. Meus olhos começaram a encher de lágrimas, borrando a maquiagem preta pesada.

Como ele pôde fazer isso comigo?

Olhei para a minha mão, para o anel de noivado.

Era impossível acreditar que ele me traísse assim. Eu confiava nele de olhos fechados. E ainda com uma garota como aquela...

Com as mãos tremendo e as lágrimas escuras de rímel caindo sobre a tela, tentei ligar para Kevin outra vez. Mas, de novo, nada.

“Amiga, meu pai chegou! Ele tá na primeira fila!” disse Aurora, toda animada, entrando no camarim. Mas, quando olhou para o meu rosto, seu sorriso desapareceu. “O que aconteceu?”

Abri a boca para falar, mas Richard, o responsável pela organização do desfile, chegou gritando ao ver que a gente ainda não tinha se trocado.

Aurora saiu correndo, e eu, ainda em choque por causa das fotos, não conseguia nem coordenar meus pensamentos. Richard segurou meus ombros, me fazendo estremecer um pouco, enquanto ele dizia:

“Você tá no meio de um maldito desfile! Vai se trocar!” ele jogou a troca de roupa no meu peito. “Agora! Coloca logo esse biquíni e mexe esse traseiro lá pra fora!”

As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas e eu comecei a me trocar ali mesmo, na frente dele, porque não tinha mais tempo.

Richard pegou uma toalha de algum lugar e se apressou para me cobrir. Minha mente e meu coração estavam destruídos. Eu não pensava em mais nada, só em fechar os laços da calcinha, colocar o short combinando e depois o sutiã, com os dedos trêmulos e desajeitados.

Ele tirou a toalha e percebeu que eu ainda estava com o rosto todo abatido.

“Droga, garota, para de chorar” disse Richard. Ele correu, pegou algo que parecia uma máscara e me entregou. “Coloca isso e vai!” praticamente me empurrou até o ponto de saída enquanto eu colocava a máscara. “Anda logo!”

Saí como ele mandou, sentindo o peito apertar. O holofote me iluminou enquanto eu dava um passo atrás do outro.

Sentia meu peito queimar, como se eu fosse morrer ali mesmo, sem ar. Só precisava caminhar, virar no ponto final e voltar. Pelo menos a máscara escondia meu rosto prestes a desabar em choro.

Quando cheguei no ponto de retorno, levei a mão à cintura, como vinha fazendo nas outras entradas, para mostrar o biquíni de estampa de zebra.

Mas, de repente, uma das alças do sutiã arrebentou na frente de todo mundo, expondo meus seios.

No susto, me cobri com as mãos. O público ficou em um silêncio mortal, que logo se transformou em murmúrios.

Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo.

Virei para sair correndo dali, mas o salto de quase 10 centímetros torceu meu tornozelo por causa do movimento rápido e inesperado.

Perdi o equilíbrio e gritei quando caí de frente para o público que estava na primeira fila, bem perto do palco.

Demorei alguns segundos para perceber… Eu tinha caído no colo de um homem. E não era qualquer homem. Eu já o tinha visto em fotos.

O pai da Aurora.

E meus seios nus estavam bem na cara dele.

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