FEDERIK DUNKER
“Mas o que você está fazendo, idiota?” Gritou Marina, quando mandei o guarda retirar a comida da sua cela.
Tinham se passado duas semanas desde a tentativa de assassinato contra o rei. Duas semanas em que Eva permanecia internada em coma, o rei Román em terapia intensiva… e Marina, transformada na minha rata de brinquedo.
“Estou apenas te dando o lugar que merece por traição!” retruquei.
Eva estava à beira da morte. Os ferimentos haviam perfurado vários de seus órgãos, a ponto de fazê-la morrer por alguns minutos quando foi levada ao nosso hospital privado. Os médicos conseguiram estabilizá-la, mas ela havia perdido muito sangue. Ainda não sabíamos se o bebê que carregava em seu ventre tinha sobrevivido.
Meu bebê.
Aquele que me daria o direito ao trono.
Ainda que, com o rei Román em terapia intensiva e Eros desaparecido desde sua traição, o caminho até a coroa estivesse praticamente livre, eu não podia cantar vitória ainda. Não até ter a coroa sobre a minha cabeça.
“Tra