Enzo entrou no salão ainda com o coração leve, como se tivesse tirado um fardo enorme das costas. Procurou por Sarah, e a encontrou próxima à janela, os longos cabelos soltos, brincando com a luz do sol que entrava. Ela sorriu ao vê-lo, mas antes que pudesse falar, Enzo se adiantou:
— O Baran… ele concordou.
Sarah soltou uma risada cristalina, os olhos verdes faiscando.
— Você duvidava? — disse, com aquele ar zombeteiro que só ela tinha.
Enzo suspirou, passando a mão pela nuca.
— Não é que eu duvidasse, é que eu ainda não consigo acreditar no quanto vocês ciganos parecem já saber de tudo antes que aconteça. Mas e agora? E o Vitório?
Sarah balançou a cabeça, rindo baixinho.
— Deixa com a gente. Fica calado, não abandona a tua pombinha não. Os bambinos vão chegar e vão alegrar a casa.
O capo a olhou com olhos marejados, a voz embargada.
— Sarah, eu não sei como te agradecer.
Ela estendeu a mão, tocando o b