O Protetor dos Ciganos
Dois anos haviam se passado desde o casamento que uniu para sempre o destino de uma cigana e de um Dom siciliano.Naquele dia, as portas da mansão estavam abertas, o sol brilhava alto e a vida corria com mais força do que nunca. Sara, com o ventre arredondado, caminhava lentamente pelos corredores, acariciando a barriga. Dentro dela crescia o terceiro filho — o pequeno Luigi Luchero, que já era chamado carinhosamente de Luchero pelos irmãos gêmeos. Eles corriam pela casa, risonhos, tentando entender como alguém tão pequeno ainda cabia na barriga da mãe.Vittorio os observava de longe. Imponente como sempre, de terno impecável, mas com uma doçura nos olhos que só aparecia quando fitava sua família. Ele já não era apenas o capo implacável da Sicília. Tornara-se o protetor dos ciganos.A cada caravana que passava pela região, havia hospitalidade, havia amparo. Os soldados, sob ordens diretas de Vittorio, eram instruídos a vigia