Dois anos haviam passado desde que a vida mudara de vez na Sicília.
A mansão, que outrora fora marcada por estratégias, planos de guerra e conversas em voz baixa no salão de reuniões, agora ecoava gargalhadas de crianças correndo pelos corredores.
Os gêmeos de Sara e Dom Vitório completaram dois anos: um menino de olhos verdes faiscantes e uma menina de traços delicados, cópia da mãe. Cada passo deles era celebrado, cada palavra nova, motivo de festa. Até os soldados mais carrancudos eram vistos se ajoelhando para brincar com as crianças, esquecendo por instantes a rigidez de suas posturas militares.
Sara, no entanto, trazia uma nova vida em seu ventre. Dessa vez, não eram dois, mas um só filho. O corpo dela já mostrava a gravidez avançada, e sua mão acariciava a barriga de forma instintiva, como se conversasse em silêncio com o pequeno que crescia ali.
Enquanto isso, a vida dos outros também seguia em expansão.
Irina e Baran haviam ofici