O Destino da Pequena Carmen e o Pakan Yuri
Cinco anos haviam se passado desde que Sara e Dom Vitório haviam unido suas vidas diante de Deus, da família e dos ciganos. Os vinhedos da Sicília floresciam, as crianças cresciam fortes e a casa de Vitório estava sempre cheia de risadas, músicas e o calor das fogueiras. Mas o destino, guiado por Santa Sara, ainda tinha muito a escrever.Longe dali, no frio cortante da Sibéria, a neve cobria as terras infinitas como um manto branco. Ali vivia Yuri, o Pacan, agora respeitado não apenas pelos russos, mas também temido por todos os que conheciam a sua linhagem. Ele, porém, carregava no peito um peso silencioso: ainda não havia encontrado sua verdadeira companheira.Naquela manhã, Yuri montava a cavalo, inspecionando as fronteiras de suas terras, quando um de seus homens veio correndo:— Senhor, há uma caravana de ciganos pedindo permissão para acampar.Yuri franziu a testa.— Ciganos… aqui? Na