A Casa Cheia de Herdeiros
A Sicília parecia respirar outro ar depois que os gêmeos de Sara nasceram. O pátio da mansão, antes tão pesado com os ecos das guerras e das vinganças, agora ecoava gargalhadas, choro de crianças e o tilintar de berços balançando.Não demorou para que a vida trouxesse mais sinais de abundância: logo depois vieram os filhos de Enzo e Paola, dois pequenos que nasceram fortes, berrando como se quisessem avisar ao mundo que eram herdeiros de sangue cigano e siciliano ao mesmo tempo.O Dom Vitório andava de um lado para o outro da casa, olhos atentos, peito erguido, e por trás da seriedade sempre escapava um sorriso contido quando alguém lhe punha uma criança no colo. Os soldados, que estavam acostumados a ver o chefe em trajes de guerra, agora o viam tentando ninar bebês, atrapalhado mas determinado.Dois meses depois, chegou a vez de Irina e Baran. O parto foi em casa, como o de Sara, cercado de rezas ciganas e cuidados. A p