Novos Amigos
Dizem que todo coração tem um ritmo único.
O meu sempre bateu um pouco fora de compasso — acelerado demais quando eu sonhava, silencioso demais quando eu sentia medo.
Mas então ele encontrou o dele.
O ritmo certo.
Aquele que vinha quando Alec sorria, ou quando o mundo parecia caber em um simples toque de mãos.
Acho que é isso que o amor faz: ele coloca dois corações para aprenderem a dançar juntos. Mesmo que um deles pare antes da música acabar.
Naquela noite, chovia.
E o céu parecia chorar por nós.
Lembro do som da cidade — buzinas, faróis, o barulho da chuva batendo no vidro.
Lembro do medo, do gosto salgado das lágrimas, e de pensar, por um segundo, que o tempo podia parar se eu quisesse o bastante
Mas o tempo não para.
E o amor... às vezes, continua em outro peito.
Agora ele bate em Londres.
O mesmo coração.
O mesmo amor.
Só um novo ritmo.