Quando o amor acontece, mesmo os que não estão dispostos, acabam se entregando em um amor renovador e arrebatador. Hugo Lancine, um CeO herdeiro de uma grande rede de empresas, se tornou um homem frio e sem sentimentos, desde que foi abandonado com sua filha pequena por sua ex esposa. Porém as coisas mudam desde que Sofia entrou em sua vida, para ser babá da pequena Annelise. Essa é uma linda história de amor e de grandes reviravoltas, venha embarcar nesse romance inesquecível.
Ler maisSofia Meireles
Estou em uma fase da minha vida em que ando sonhando com minha independência financeira, ainda moro com meus pais , sou totalmente dependente deles. Por eles , eu me dedico absolutamente ao estudo, mas eu quero conquistar o meu, caminhando com meus passos, ter as minhas coisas, um apartamento, um carro, essas coisas que todo jovem sonha. Eu tenho 21 anos recém completados, estou no sétimo período da faculdade, e agora me encontro em uma agência de empregos, tentando encontrar algo que se encaixe no meu perfil. Meus pais sempre me deram de tudo que puderam, os dois trabalham e ganham o suficiente para nos manter, e nos dá uma vida razoável, sem nunca deixar faltar nada. Eu amo os meus pais , e quero poder ajudá-los , então resolvi me arriscar em qualquer emprego , mesmo não tendo experiência em nada . … Eu tenho 1,65 de altura , pele clara , cabelos longos bem pretos e ondulados, meus olhos são castanhos claro, quase verde. Sou magra mas tenho alguns pontos destacados, como coxas torneadas e bumbum bem redondo. … A agente aqui da agência de empregos me avisou que havia uma vaga para babá de uma menina de 4 anos, uma família rica e um pouco exigente, porém nessa vaga eles não estavam cobrando experiência, pois precisavam com urgência. À princípio pensei em me arriscar, mas em seguida achei melhor não , por não ter nenhuma experiência com criança, e por ser uma família de nome, achei melhor não enfrentar, afinal é uma criança merece atenção e todo cuidado, não posso fazer de qualquer jeito , resolvi continuar procurando. Hoje é sábado, estou em casa de bobeira, cabelos lavadinhos , fones nos ouvidos , deitada na cama , viajando na música . Quando meu celular toca , vejo na tela e é a Mara da agência. — Oi Mara, tudo bem? Alguma novidade? — perguntei esperançosa. — Oi Sofia! É sobre aquela vaga de babá, você se encaixa perfeitamente. Eles estão com uma certa urgência em contratar, e de todas que analisei o currículo e conversei pessoalmente, você é a pessoa ideal. Mesmo sem experiência. Você quer um emprego, agarre as oportunidades pois não aparecem com facilidade — Foi firme e um pouco grossa — Mara, mas eu nunca cuidei de criança na vida , e nem sei como faz isso - dou uma risada tentando disfarçar o nervoso. — A senhora contratante assegurou que o neta é uma criança tranquila. Compareça a entrevista e veja como vai se sair. Daqui a uns instantes irei mandar os dados. Até mais! Desligou. Agora eu tenho que enfrentar, eu queria muito um emprego, e vou dá o meu melhor nessa entrevista. Me olho no espelho , e tento ensaiar uma maneira de falar que não demostre meu nervosismo , o meu medo é de falhar . Mas preciso encarar , é só uma entrevista, minha primeira entrevista. Recebo a mensagem da Mara, com as informações, sobre horário e local da entrevista , que será na segunda-feira. Pelo menos tenho o domingo inteiro para tentar controlar o nervosismo. Passo o restante do sábado em casa, revisando algumas anotações da faculdade, distraindo-me para não pensar na entrevista. Domingo passo o dia na companhia da minha família, almoço agradável. A noite começo a me preparar para a tal entrevista , separo minha roupa , uma calça Wide leg azul claro, uma blusa branca de manga longa, e um salto baixo. Essa combinação é uma tentativa de passar uma boa impressão, afinal é para uma vaga de babá para uma família rica preciso estar a altura. Deito para dormir, preciso acordar cedo parar me preparar , e sair de casa, pois vou de ônibus e moro em um bairro distante na área nobre. Segunda feira acordo com o despertador, tive dificuldade para dormir, pois estava bem ansiosa. Tomei um banho revigorante, coloquei minhas roupas , fiz uma make leve, arrumei meus cabelos e deixei semi preso. Tomei um café reforçado, escovei os dentes e saí às 8:30. Peguei o ônibus rápido (milagre) , e cheguei ao local, antes do horário combinado. Chegando ao local observei com admiração a mansão luxuosa. Me identifiquei na portaria , e me avisaram que a senhora já estava a minha espera. Meu coração pulsava forte no peito, afinal era a minha primeira entrevista. No caminho do portão a entrada da casa, fui respirando fundo, tentando mostrar firmeza Ao chegar , uma simpática e muito elegante senhora de cabelos curtos, me recebeu com um doce sorriso no rosto — Olá minha Jovem, seja bem vinda— me cumprimentou docemente — Sente-se — apontou para o sofá— Meu nome é Leyde, sou a avó de uma linda e doce garotinha, estamos a procura de uma babá comprometida, amorosa, dedicada e pontual, e a agência indicou você, tendo essas características. — Obrigada pela cordialidade— Agradeci — Deixe-me apresentar, Sou a Sofia, Fui indicada para essa vaga, porém preciso ser sincera, apesar de ser apaixonada por crianças, não tenho muita experiência. — Não se preocupe minha querida, fui informada. Para mim, que sou responsável pela contratação isso não é um problema — Abri um sorriso diante de sua fala —Minha neta se chama Annelise , tem 4 anos , é uma criança muito doce e carinhosa, mas também tem muita energia— sorrimos— Aninha é uma menina alegre e muito falante, porém é só com ela conhece e convive, com pessoas desconhecidas ela tímida, e é difícil conquista-la. Ela precisa sentir segurança, esse tem sido uns dos desafios para contratarmos uma babá. — Eu entendo — demonstrei um pouco de preocupação — Ja tentamos algumas babás, mas a maioria ela não se adaptou. E o outro desafio ainda maior, que preciso te falar, é sobre o pai de Annelise, meu filho— observei atenta — Hugo é um homem muito ocupado, mas que ama sua filha, e é extremamente rigoroso com tudo, em relação a profissional que vai cuidar de seu tesouro— sua expressão era de preocupação e cansaço— Aninha mora com o pai, mas passa o dia comigo , pois meu filho administra nossas empresas , e eu já não tenho tanta energia para acompanhar minha neta. Preciso de alguém que me ajude . — Entendo perfeitamente, ela não tem muito Contato com outras pessoas , certo ? - pergunto — sim , somente com as professoras da escola , de fora. Sofia, a história de Aninha e seu pai é um pouco delicada. — Tudo bem , me conte o que for necessário — o que será que tem de delicado ? Estou morrendo de curiosidade, pensei. — Hugo, é um complicado, controlador e muito arrogante com as babás, ele tem dificuldade em aceitar. Ele é um pai excelente, muito amoroso com sua filha, se dedica em tudo , mas também precisa se dedicar a empresa, então minha neta fica sob minha responsabilidade durante o dia — fala procurando as palavras certas — Estamos tentando contratar uma babá ideal , mas a cada dia meu filho impõe alguma coisa, não concorda com a forma de tratamento. É tudo muito difícil, que não sei explicar o porquê. — Dona Leyde , então ele jamais me aceitará, pois não tenho experiência— fico preocupada , porque esse homem é tão difícil? Ele nem fica em casa durante o dia. — De início, não falarei nada a ele sobre sua experiência. Veremos a aceitação de Annelise primeiro. Sei que ele irá puxar sua ficha, mas vamos tentar. Estou sentindo que vamos consegui! — Posso fazer uma pergunta— ela acenou positivo— é sobre a mãe da Annelise … — preciso saber para não cometer nenhum erro — Sofia, preciso de dizer que esse é um assunto proibido nessa casa , devo lhe informar, mas também devo te dizer que ela abandonou meu filho e minha neta , assim que ela nasceu - vejo raiva em seus olhos . — Me desculpe , não tocarei mais nesse assunto Conversamos um pouco sobre rotina e cuidados , dona Leyde , me fala sobre tudo que preciso saber sobre a menina. — Dona Leyde, posso conhecer a Annelise? — Sinto uma imensa vontade de conhecê-la. — Claro minha querida — Sorriu docemente A senhora me levou a parte superior da grande casa, e abriu a porta do lindo quarto de princesa. A pequena princesinha estava sentada no chão, com vários papéis desenhando e pintando. Então resolvi me aproximar, vendo os olhinhos tímidos de Annelise me encarando. — Aninha, está é Sofia e ela será sua nova babá. — Olá pequena princesa, tudo bem ? — me baixei, perguntei e lancei um sorriso tímido , olhando em seus lindos olhinhos azuis — Que lindos desenhos, sentei ao seu lado. Posso desenhar também ? — ela me encarou, mas balançou a cabeça positivamente. Anne pegou algumas folhas em branco e me entregou, pegando uma para ela também. Passamos um tempo desenhando. Até que ela termina e me entrega seu desenho — Eu desenhei eu e você, tia Sofia — se aproximou ficando ao meu lado. Um gesto simples , mas já foi algo muito grandioso , perto do que sua avó me contou . Olhei para dona Leyde , e vi seus olhos que foi algo importante . Eu e a pequena Anne, como lhe chamei carinhosamente e ela gostou, conversamos e desenhos bastante. Vi seus olhinhos me olharem com admiração, olhei de volta para a pequena e vi , que em menos de 10 minutos , aquela criança conquistou meu coração .Hugo Desde que Sofia voltou para cuidar de minha filha, as coisa se acalmaram, se tornaram mais leves e pude ter um pouco de “paz”, entre aspas mesmo pois meus pais quase todos os dias me chamavam e falavam que já estava na hora da Sofia ir cuidar de Aninha em nossa casa, por que eles queriam viajar, aproveitar o restante da vida, e que já não havia mais motivos pra ficar lá. Eles amam a neta, mas precisavam se cuidar pois estão ficando mais velhos. Resisti o máximo que pude, mas o Edu ajudou a me convencer. A parte mais difícil para mim, é ter uma mulher desconhecida o dia todo dentro da minha casa, do meu lar, que pra mim é sagrado com a minha filha. Eu tenho algumas funcionárias, mas não sei o por que para mim com Sofia é diferente. Ela é muito mais jovem que as outras funcionárias, tem uma beleza estonteante e tem uma conexão forte com minha filha. Quando chamei ela para avisar sobre a minha decisão, sentir que ela também não queria, sei que vai demorar para se sent
Anne se recuperou muito bem, e rápido, em alguns dias voltamos a nossa rotina normal. Nossa relação a cada dia que passava se tornava mais forte. Annelise virou minha pequena companheira, passávamos horas juntas. É um prazer pentear seus cabelos enquanto ela fala de suas bonecas, ou de qual será a nossa próxima brincadeira. Temos passado dias alegres, divertidos e muito leve. Dona Leyde sempre maravilhosa, faz parte da nossa rotina também , e a Aline se tornou uma grande amiga. Meu patrão as vezes aparece de surpresa, sempre em momentos que eu Anne estamos fazendo algo juntas, até mesmo travessuras. Já nos pegou com máscara de argila verde no rosto, foi muito engraçado ver sua cara de susto, enquanto arrancava gargalhadas de Anne. Também nos viu queimando uma receita. As vezes ele me olha com ar de reprovação, mas até então não falou nada, então sigo fingindo que nada aconteceu. Um mês se passou desde que voltei — Oi Sofia — Fernando se aproximou enquanto eu observav
… Já se passaram alguns dias desde o episódio traumático da minha demissão, não tem um dia que a agonia, e a vontade de enfrentar o Hugo, não tome conta de mim, mas sigo seguindo os conselhos de minha mãe e dona Leyde, que me atualiza a cada dia sobre a minha pequena Anne. Minha angústia aumenta, por saber de sua mudança de humor, seus comportamentos, e de sua tristeza. Me sinto culpada, mas sei que o único culpado é o Hugo. Voltei a agência de empregos, na tentativa de encontrará algo, preciso continuar minha vida, distrair minha cabeça também. Aline me informou que Anne foi hospitalizada pois havia adoecido, sua imunidade estava baixando com frequência. Voltei pra casa e pensei bastante no que fazer, eu não posso mais ficar longe da minha garotinha, como eu queria ficar perto dela, cuidar. Deitei a cabeça no travesseiro e não dormir. No dia seguinte levantei cedo, com uma decisão tomada. Tomei um banho, coloquei uma calça jeans folgada, uma blusa de alça, tênis , p
A curiosidade para saber sobre o que de tão importante dona Leyde teria para falar comigo pessoalmente, tomava conta de mim. Após tomar um banho longo, coloquei um vestido longo bem leve, fiz uma make básica, coloquei uma rasteirinha e uma bolsa de lado. Chamei o Uber, avisei minha mãe que já estou de saída , dou um beijo em sua testa, que me deseja boa sorte, e sigo para o local combinado. O local é uma cafeteria gourmet, muito sofisticada, me sinto vestida a altura. Percorro meu olhar por todo o local, mas não vejo dona Leyde. Me sento, e uma garçonete muito gentil me atende, informo que estou esperando uma amiga, peço um capuccino. Alguns minutos depois, vejo a pequena senhora elegante, de cabelos esvoaçantes se aproximando com um singelo sorriso no rosto. — Sofia— eu levanto e ela me abraça — que bom te ver minha filha. Me desculpe o atraso — Não se preocupe dona Leyde, cheguei a poucos minutos — ela se senta a minha frente — como a senhora está? — Estou bem, Sof
Sofia Foi muito difícil sair daquela casa da forma que foi, um homem ignorante, que nem mesmo pensou na filha. Ele poderia me escutar, ou escutar a mãe dele, se tem amor mesmo a filha ele entenderia a minha conexão com Annelise. Eu senti como se estivesse tirando um pedaço de mim, não sei se é o calor da situação mas acredito que o que sinto por Annelise é um sentimento genuíno, em tão pouco tempo, aquela criança preencheu um espaço enorme em meu coração. É como se eu curasse suas feridas, e ela as minhas. Ao chegar em casa fui direto para o meu quarto, onde pensei em inúmeras possibilidades, quem sabe procurar aquele homem, fazer com ele me escute. Eu não vou tomar o lugar da mãe de Anne, mas ela precisa de amor, carinho e atenção, que eles podem até dar, mas sei que é diferente. Quero cuidar dela, e vou enfrentar o que e quem for para fazer isso. Minha noite foi extremamente agitada, tive muita dificuldade para dormir. Rolei para todos os lados, e quando finalmente peguei
Meus olhos se fixaram na mulher a frente da minha Aninha, cabelos pretos, olhos quase esverdeados, brilhantes e penetrantes. Uma beleza surreal, foi difícil tirar os olhos dela e me concentrar na raiva que sentia, depois das palavras de Annelise. Seus olhos poderiam transmitir o que estava sentindo, naquele momento era medo e aflição. Aninha me tirou do transe, quando me chamou empolgada. — Pai — corre em minha direção — Que bom que você chegou — segura em minha mão e me puxa para perto daquela mulher — Papai, essa é minha nova babá, é a minha preferida, o nome dela é Sofia. Ela é perfeita papai, brinca e cuida muito bem de mim . Eu gosto muito dela . Ela prometeu que vai cuidar de mim com muito amor — Aninha falava com tanta empolgação que fazia a raiva ferver dentro de mim Encarei de perto aqueles olhos vibrantes, que me encaravam de volta, tentando ler o que eles expressavam. Naquele momento eu só pensava nas palavras da minha filha, ecoavam em minha cabeça, como pod
Último capítulo