o atentado

Dormi nos braços dele e acordei com o sol entrando pela janela. Ele ainda estava ao meu lado, dormindo.

— Ele é lindo — murmurei, sorrindo.

Beijei seus lábios e ele acordou, sorrindo de volta.

— Bom dia, bonequinha.

— Bom dia, amorzinho.

Nos beijamos novamente e nos levantamos para tomar banho. Ao entrar no banheiro, notei vários produtos femininos.

— Por que todos esses produtos de mulher?

— Mandei comprar pra você.

— Ai, vou ficar mal acostumada.

— Pode ficar. Eu quero te mimar sempre, bonequinha.

Depositei um beijo nos lábios dele. Depois do banho, fomos para a sala de jantar. Letícia e Luan já estavam à mesa.

— Não sei por que ainda caio nos seus encantos — disse Letícia, olhando para Luan.

— Deve ser porque ele é lindo — brinquei, interrompendo a conversa.

— Bom dia, Luan. Bom dia, pequena Lê — disse João.

— Bom dia, chefe — respondeu Letícia.

— Bom dia, chefe. Esperávamos por vocês, mas não chegaram ontem à noite — disse Luan.

— Estávamos resolvendo um negócio — respondeu João, lançando um olhar para mim.

— Feliz aniversário, amor — ele disse, sorrindo.

— Feliz aniversário, amiga — disse Letícia.

— Feliz aniversário, Érica — completou Luan.

Sorri, emocionada.

— Obrigada.

Um dos seguranças entrou com uma caixinha nas mãos e a entregou a João.

— O que é isso? — perguntei.

— Seu presente.

Ele abriu a caixinha, revelando uma aliança que brilhava sob a luz do dia.

— Está me pedindo em casamento?

— Não, bonequinha. É só um anel de compromisso. Quando eu for te pedir em casamento, será especial.

— Obrigada, amor.

Estendi a mão e ele colocou o anel no meu dedo, depois beijou minha mão com delicadeza.

— Só quero te mostrar que estou falando sério.

— Obrigada, amor.

Me levantei, sentei no colo dele e o beijei. Ele retribuiu com carinho. Depois do café e da conversa, fomos para o carro. Quando cheguei em casa, meu pai já havia saído.

— Feliz aniversário, pequena — disse Gabriela, entrando na sala.

Gabriela estava na família do meu pai desde antes de eu nascer. Ela era como uma segunda mãe.

— Obrigada, meu amor. Como foi a viagem?

— Bem. Onde está o cabeçudo do seu pai?

— Deve estar no trabalho.

Ela sempre tratava meu pai como um filho, e isso me fazia sorrir.

— Vai lá, toma um banho e vem comer.

— Eu já comi, obrigada. Mas vamos lá, quero conversar com a senhora.

A puxei para a cozinha.

— O que quer me contar?

— Olha — mostrei a mão com o anel, e ela sorriu.

— Quem é?

— É um rapaz. Estou com ele há dois anos.

— Sério? Por que não contou pra gente? Já teve até pedido de casamento!

— Não é pedido de casamento. É só um anel de compromisso.

— Entendi.

Ela me abraçou com carinho.

— Espero poder conhecê-lo um dia.

— Também espero.

Henry entrou na cozinha e Gabriela o observou com curiosidade.

— E quem é esse homem?

Ela deu um leve sorriso.

— Minha babá — brinquei.

Henry me olhou sério e eu ri.

— Brincadeira. É meu segurança.

— Entendi — disse ela, com um olhar mais sério.

— Tomara que dessa vez ele a proteja… porque com a mãe não foi assim.

Ela ficou pensativa, e eu respeitei seu silêncio.

— Henry, você pode me levar ao shopping hoje?

— Sim, senhorita.

— Venha, meu filho, tome um café pra começar o dia bem — disse Gabriela.

— Eu já comi, senhora.

— Eu sei, mas nada como um café.

Ele se sentou perto de mim depois de um tempo.

— Você é casado? — perguntou ela.

— Não.

— Qual sua idade?

Ele olhou para ela, depois respondeu.

— Tenho 25 anos.

— Novinho, né?

Ela me olhou e eu fiz cara emburrada.

— Desculpa por ela. Às vezes ela é assim mesmo.

Passamos a manhã conversando. Depois me levantei.

— Preciso ir ao shopping. Só vou tomar um banho e trocar de roupa.

— Tudo bem — respondeu Henry.

Subi para o meu quarto, tomei banho e vesti uma roupa leve. Quando peguei o celular, vi uma notificação.

João: Já estou com saudade, bonequinha.

Eu: Também, chefinho.

João: Até mais tarde.

Eu: Já viajou?

João: Só fui a uma cidade próxima daqui, amor. Volto à noite.

Sorri sozinha. Mesmo longe, ele sempre me fazia sentir perto.

Depois de conversar com João pelo celular, desci as escadas já vestida e pronta para sair. Gabriela me olhou com aquele sorriso caloroso que sempre me fazia sentir em casa.

— Você está linda, minha menina — disse ela, com ternura.

— Obrigada, Gaby — respondi, ajeitando o cabelo com um toque de vaidade.

Henry apareceu na porta, com um sorriso discreto no rosto.

— Vamos lá, patroa?

— Vamos — respondi, animada.

Entramos no carro e seguimos até o shopping. Assim que estacionamos, Henry saiu primeiro e abriu a porta para mim. Mas antes que eu pudesse colocar o pé na calçada, um som seco cortou o ar — um tiro.

Tudo aconteceu rápido demais. Henry me puxou com força e me jogou no chão, cobrindo meu corpo com o dele. O barulho dos disparos ecoava ao redor, e eu só conseguia ouvir meu coração batendo como um tambor. Ele sacou a arma e se posicionou, atento. Depois de alguns segundos, o silêncio voltou.

Abri os olhos, ainda tremendo.

— Desculpa… ele fugiu — disse Henry, ofegante.

Olhei para o braço dele e vi sangue escorrendo.

— Seu braço… — murmurei, tentando me levantar.

— Não se preocupe, eu estou bem.

— Não está, Henry. Você foi atingido.

— Estou sim. Entra no carro, vou te levar para casa.

Obedeci, ainda em choque. Dentro do carro, ele ligou para meu pai e colocou no viva-voz.

— O que foi, Henry? — a voz do meu pai veio tensa.

— Eles tentaram matar a Érica.

— Como minha filha está?

— Eu tô bem, pai… mas o Henry foi atingido no braço quando tomou minha frente.

Houve um silêncio pesado do outro lado da linha. Depois, meu pai falou com firmeza:

— Traz ela pra cá, Henry.

— Ok, senhor.

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