Carlos respirou fundo, os olhos perdidos em memórias:
— Um homem branco, grisalho. Segurava pela mão uma menina de cabelos negros e olhos verde-esmeralda. Eles eram italianos. Mas a família no carro... era sueca. Amália é sueca. Não sei se eram parentes. Disse tudo de uma vez, como se rasgasse um véu.
— E o que Danilo tem a ver com Amália? Pressionou Glauco, furioso.
— Não sei exatamente. Mas ele ofereceu mais dinheiro que qualquer um por ela. Acho que queria vendê-la no leilão. Você não pagou cinco milhões nela?
— Mas de onde ele conhecia Amália? Ele não iria simplesmente na sua casa, do nada...
— Isso... eu nunca questionei. Carlos desviou o olhar, depois apontou para Damiano. — Eu conseguia garotas pra ele. Mas nunca ofereci Amália. Não sabia o que fariam com ela. Só mantinha ela por perto, sabendo que voltaria. Queria chantagear quem a comprasse... pela beleza dela.
— Você é um verme! Cuspiu Glauco, lançando nojo e desprezo.
Laerte, que ouvia calado, se aproximou:
— Uma garota cha