Os homens se dividiram pelas ruas. Danilo e seus comparsas seguiram um dos carros, cada um com o olhar frio e o dedo próximo do gatilho.
No beco escuro da cidade, Manoela e o capataz dormiam dentro da velha caminhonete, encostada entre muros de concreto sujo. O ronco de um carro em alta velocidade cortou o silêncio da noite, Manoela acordou com o coração disparando.
O capataz, instintivo, se abaixou dentro do veículo e agarrou a arma roubada de Honório.
— Vamos sair a pé. O carro chama atenção demais. Murmurou, abrindo a porta com cuidado. — Honório já deve saber que fugimos.
Manoela, ainda sonolenta, passou por cima do banco e saiu pela mesma porta. Trazia uma pequena sacola de tecido apertada contra o peito. Dentro, apenas o vestido que usava quando foi "comprada", o único que não a fazia parecer uma mendiga.
O dinheiro estava todo com o capataz, e ela sabia: tirar algum valor dele seria tão difícil quanto fugir com vida.
Os dois saíram às pressas, escondendo-se atrás de lixeiras e