76- "Lealdade".
Carlos caiu com o rosto no chão. Os lábios bateram nos dentes e se rasgaram, começaram a sangrar. A saliva misturava-se ao sangue sobre o piso frio.
— Antes de acabarem com você, me diga: como você entrava em contato com a tal mulher mascarada? — Glauco exigiu.
— Eu não falava diretamente com ela... Gaguejou Carlos, em dor e pânico. — Meu contato era o gerente de um barco do tal Laerte. Ele me pedia as mulheres e eu entregava. Depois, ele as levava para os leiloeiros... fosse em Mônaco, Palermo ou Salerno. Acredito que depois eram enviadas para outras cidades e cassinos.
— E Amália? De onde você a tirou?
— Ela é minha filha, por que acha que não é?
— Talvez pelo fato de você ter começado a vendê-la quando ainda era uma criança? Disse Glauco, gelado.
— Ela nunca me serviu pra nada...
— Sendo assim, você não tem mais nada pra dizer. Acho que não há motivo pra te manter vivo... ou acha que, se eu falar com sua esposa ou com Amália, elas vão interceder por você?
— Não vão... Mas... a min