No carro, Ana estava aconchegada ao peito de Paolo, que a mantinha nos braços como se ela fosse o bem mais precioso de sua vida.
— Ana... amanhã de manhã eu partirei para uma missão. Quero que fique em casa. Disse em voz baixa, acariciando seus cabelos. — Não precisa ter medo, a casa é segura. Homens farão sua proteção e, caso queira visitar Amália ou Natália, eles a levarão. Só peço que não saiam sozinhas. Eu irei amanhã, e Laerte e Glauco irão depois. Então, é melhor que fiquem em casa... em qualquer uma delas, está bem?
Ana permaneceu em silêncio. O peito apertado, tentava ser forte e tratar aquilo como algo corriqueiro, sem drama. Mas seus olhos a traíram: começaram a arder, e lágrimas teimosas brotaram.
— Está bem... Respondeu, a voz embargada.
— Olhe para mim. Pediu Paolo, ao ouvir o tom dela.
Quando ela ergueu os olhos, brilhantes e úmidos, o coração dele disparou. Um misto de dor e de contentamento o dominou: dor por vê-la sofrer, contentamento por saber que ela se preocupava