Glauco colocou o rosto para fora do box, surpreso.

— Você vai me cobrar?

— Sim! Você me cobra por tudo! Pisei no seu pé, quer cobrar. Usei sua camisa, quer cobrar.

— Você sabe o tamanho da sua dívida? Perguntou, tirando o shampoo dos cabelos.

— Não. Você nunca me disse.

— Não gosto de me gabar, mas você me custou um bom dinheiro. O lance que dei foi alto o bastante para ninguém mais se atrever. Desligou o chuveiro.

— Você nunca me disse por que fez isso. Disse ela, observando-o sair do banheiro com uma toalha na cintura, secando os cabelos com outra.

Glauco a olhou por um instante, pensativo. Nem ele sabia dizer. Lembrava do gemido dela, ao ser jogada no chão naquela noite e dos lances subindo... e, por impulso, ofereceu mais do que qualquer um. Sabia que levaria.

— Não importa o motivo. Você preferia estar lá?

— Claro que não! Respondeu firme. Mesmo com tudo o que vivera ao lado dele, ainda era melhor do que estar à mercê daqueles homens.

— Então por que não aceita minha pr