Laerte também seguiu direto ao encontro de Natália. Queria apenas vê-la, dizer que estava de volta, antes de ir para casa tomar um banho e se livrar daquelas roupas imundas.
Quando estacionou a moto, trazia a jaqueta com a manga rasgada, a calça jeans suja e os cabelos despenteados pelo vento. Foi exatamente assim que Natália o viu ao sair pela porta da clínica. Já o esperava, havia reconhecido de longe o ronco da moto quando a avistou pela janela do quarto, e o coração disparou em seu peito.
Mas, junto da alegria de vê-lo, uma ponta de preocupação e decepção a atravessava. Não sabia ao certo o que Laerte andava fazendo, mas temia a resposta. Se desconfiasse que ele havia ido atrás de Massimo novamente, jamais teria permitido.
Ela correu ao encontro dele, arrumando os cabelos com as mãos, só então percebendo sua situação lastimável. Laerte tirou a jaqueta e, quando se virou, a viu se aproximar ansiosa, quase correndo, sorriso nos lábios, mas preocupação nos olhos.
— Onde você esteve?