Amália, com a respiração entrecortada, deixou escapar um riso nervoso em meio ao choro. Acariciou o rosto dele, sujo e cansado, mas vivo.
— Você me mata de preocupação, Glauco Bergamo… Murmurou, enxugando as próprias lágrimas. — O que aconteceu com você? Vamos cuidar disso, vou chamar um médico.
Glauco segurou a mão dela com firmeza, olhando fundo em seus olhos.
— Não preciso de médico. Disse com um meio sorriso cansado. — Um banho e você… e amanhã estarei novo.
— Não seja teimoso! Ela retrucou, erguendo-se com ele. — Vamos, eu te ajudo.
Ele deixou que ela o apoiasse, mesmo relutante. Subiram juntos a escada, passo a passo, até o quarto. Amália foi direto ao banheiro, abriu o armário e pegou a caixa de primeiros socorros, o coração ainda acelerado pela mistura de medo e alívio.
Quando voltou, encontrou-o ainda de pé, os olhos fixos nela. Amália o encarou, notando o rosto cansado, o corpo sujo e a camisa grudada ao peito pelo sangue.
— Acho que tenho que tomar banho primeiro. Disse Gla