No aeroporto, todos se reencontraram. Alguns homens traziam cortes superficiais, outros mancavam, mas nada grave. Glauco parecia ter levado a pior, com a camisa colada de sangue e o semblante exausto, mas estavam todos ali nenhuma baixa.
O avião decolou e, do alto, a escuridão deu lugar ao horizonte que apontava para Sorrento. O que passava na mente dos três, ninguém poderia dizer ao certo, mas era quase palpável que cada um ansiava pelo reencontro com a sua mulher.
Glauco manteve-se em silêncio, a mão firme sobre o ombro dolorido, os olhos fechados contra o encosto da poltrona. A saudade de Amália ardia no peito. Mais que isso: a culpa. Deixá-la sozinha, ainda que por necessidade, parecia um erro difícil de engolir.
Não lhe passava pela cabeça a possibilidade de ela fugir novamente; eles estavam bem, haviam prometido ser transparentes. Amália dissera que, se tivesse dúvidas, antes falaria com ele. Ele se agarrou a essa lembrança como a uma âncora.
Na mansão, porém, a noite de Amália