Depois de abater vários homens e ajudar Paolo a encontrar os companheiros encurralados, Glauco e Laerte desceram do prédio.
Seguiram por uma viela estreita e malcheirosa, as paredes pichadas e iluminadas apenas pela luz amarelada de um poste quebrado. O som abafado da música vinha da boate à frente, misturado ao eco distante dos tiros que ainda trocavam nas ruas.
— Estão aqui. Murmurou Glauco, os olhos atentos ao prédio vizinho.
Ramom e Pérez haviam se recolhido, comandando de dentro enquanto seus homens serviam de escudo nas ruelas.
Glauco e Laerte avançaram em silêncio até a lateral do prédio velho. Uma escada de incêndio enferrujada os levou ao terceiro andar. De lá, podiam ver as janelas escuras do segundo andar, logo acima da boate.
— Devem estar ali. Glauco apontou, os olhos fixos nas janelas opacas.
— Como ratos. Laerte cerrou os dentes. — Se escondem enquanto jogam seus homens para morrer como peões.
Glauco respirou fundo. — Não dá para atirar daqui. As janelas estão escuras