189- Longe de terminar.
Glauco, Laerte e Paolo seguiram de carro atrás do veículo de Pérez e Ramón. A adrenalina corria nas veias era uma mistura de tensão e euforia. Glauco não pensava em mais nada; os olhos fixos na estrada, sem perder de vista os dois faróis à frente.
Paolo ao lado agarrava-se ao assento, olhos também colados no asfalto. Queria pegar aqueles dois, mas sua preocupação maior era manter os irmãos vivos. Laerte, o mais despreocupado do trio, via a caçada como diversão, embora, por baixo da empolgação, tivesse medo: temia por Natália. Se algo acontecesse com Glauco, ele sabia que o irmão o protegeria materialmente, mas não era só isso; se os dois sumissem, Amália e Natália ficariam sozinhas naquele ninho de serpentes.
— Ali. — Paolo apontou; o carro dos alvos entrou numa estrada vicinal.
— E se for uma armadilha? Glauco diminuiu a velocidade, os sentidos em alerta.
— Eu tenho a solução. Laerte abriu uma bolsa que havia deixado no banco ao desembarcarem do avião. Paolo olhou para trás curioso,