Em Sorrento, depois que Natalia e Laerte jantaram juntos, ele permaneceu ao lado dela, aguardando a chegada da médica. Nesse meio tempo, chegaram as roupas, sapatos e outras pequenas coisas que ele havia encomendado. Laerte sorria ao vê-la experimentar as peças, tímida, corando cada vez que vinha mostrar-lhe para que aprovasse.
Quando a médica chegou, discreta, fez o exame em Natalia. Ao sair do quarto, porém, seu semblante estava carregado de preocupação.
Laerte a interceptou imediatamente.
— E então? Perguntou, a voz firme, mas o olhar ansioso.
— Não corre risco de morte. Começou a médica , mas precisa de exames de sangue. Está um pouco anêmica... e acredito que tenha duas costelas trincadas.
O chão pareceu abrir-se sob os pés de Laerte. Uma fúria surda tomou conta dele. Para não esmurrar a parede e assustar a médica, mordeu os lábios com força até sentir o gosto metálico do próprio sangue. Respirou fundo, tentando se controlar.
— Consegue tratá-la no hospital sem que nada vaze... e