Glauco não moveu um músculo.
— E não vou.
Jogada dentro da van, ela foi algemada ao banco. O silêncio voltou a se impor no pátio.
Glauco voltou-se para Manoela.
— Agora você.
Ela engoliu em seco.
— Eu vi aquele homem. Apontou para o anfitrião. — Ele estava no cassino onde fui leiloada.
Glauco arqueou a sobrancelha, um sorriso irônico surgindo nos lábios, encarando o homem que tremeu, ansioso.
— E o Danilo... Manoela lançou-lhe um olhar de desprezo. — Sabia que eu não suportava Amália. Ele me enganou para ajudá-lo a se livrar dela.
Glauco se aproximou devagar, a sombra dele caindo sobre ela.
— E ele disse por quê?
— Não. Respondeu rápido, desviando os olhos. — Eu não questionei. Nunca pensei em matar Amália...
— Mentirosa! Danilo explodiu, incapaz de se conter. — Lembra do que disse? “Já que eu não posso ficar com ele, então ela também não ficará!”
Glauco se abaixou com fúria e segurou o queixo de Manoela.
— O que ela te fez, hum? Como pode ser tão estúpida assim? Você confiou em