Notando sua insegurança, Glauco colocou a mão sobre a dela, e seus olhos se encontraram. Ele esboçou um sorriso gentil. Ela apertou os lábios, desviando o olhar com timidez.

Uma fagulha silenciosa se acendeu e ele sentiu. Era conforto. E desconforto. Ao mesmo tempo.

Durante o jantar, Amália comportou-se como uma verdadeira dama.

Alguns convidados se aproximaram, curiosos. Embora tímida, ela usou sua inteligência e as instruções de Danilo para conduzir as conversas. Evitou que perguntassem sobre sua vida — sempre havia um comentário sobre arte, negócios, vinho. Mas percebeu que as perguntas não eram exatamente sobre ela. Eram sobre “ele”. Sobre Glauco.

Mesmo distante, Glauco a acompanhava com o olhar. Dividido entre vigiar Amália e caçar Lupo, observava também quem mais a observava.

Recebera informações de que Lupo estaria no jantar. Mas ninguém sabia, de fato, quem ele era. Nem o nome verdadeiro. Nem o rosto.

Mas a busca não era apenas por causa do leilão. Como chefe do clã, Glauco nã