Quando Laerte desapareceu entre os convidados, Glauco segurou os ombros da garota, tentando ver seu rosto. Ao tocá-la, ela desabou.
Ele mal teve tempo de ampará-la.
— Amália? Chamou, erguendo-a nos braços.
Saiu do salão e seguiu por um corredor lateral, seu segurança os acompanhando à distância.
— Para a suíte. Disse ao entrar no elevador.
Em ocasiões como aquela, os anfitriões sempre ofereciam quartos privados aos homens de influência, discretos e silenciosos.
A porta foi aberta com rapidez, e ele entrou, colocando Amália com cuidado sobre a cama.
— Amália? Ele a chamou, sua voz baixa e preocupada.
— Não! Gritou ela, erguendo-se bruscamente e acertando a testa dele.
— Mas o que... Ele rugiu, levando a mão à testa.
Ela caiu de volta no travesseiro, ainda atordoada. Suas mãos tremiam. Em seu pesadelo, estava presa outra vez... e aquela voz retornava, se aproximando com um canto sibilante.
Glauco, vendo o estado dela, suavizou a expressão.
— Olhe para mim. Você está segura. Está comigo.