Glauco encarava os olhos de Amália. Durante muito tempo, ele havia duvidado do amor. Para ele, as pessoas se aproximavam umas das outras por interesse, e a ideia de um amor genuíno parecia uma instituição fracassada.
Amália, no entanto, era diferente. Ela era transparente. Se estava brava, era visível. Se estava chateada, também. Mas, quando estava feliz, isso transbordava ainda mais: os olhos brilhavam, e seu sorriso doce se revelava até nas menores coisas.
Depois do café da manhã, seguiram de volta para a ilha. Glauco ainda queria levá-la a conhecer outros lugares e, em seguida, almoçariam no Il Riccio, restaurante famoso ao lado da escadaria de onde partiriam em um pequeno barco a remo até a gruta.
— O azul é tão lindo! Exclamou Amália, encantada com a cor da água cristalina.
— Não tanto quanto os dos seus olhos. Murmurou Glauco, colocando o braço sobre seus ombros e roubando-lhe um beijo rápido, o suficiente para fazê-la corar diante do marinheiro que remava o bote.
À tarde, camin