Paolo, nos dias em que Glauco esteve fora, manteve-se à frente de tudo. Supervisionava a equipe de TI, que trabalhava incansável na análise das imagens vindas de Nice e no misterioso livro-caixa encontrado. Cada detalhe poderia ser uma pista de onde Natalia estava escondida.
Laerte e os outros estavam visivelmente melhores, mas Paolo fazia questão de visitá-los todas as manhãs e também à noite. Levava informações novas a Laerte, compartilhava o que podia, mas era nas conversas com Ana que permanecia mais tempo. Ela sempre arranjava um jeito de preparar algo para ele comer, resmungando que ele trabalhava demais e que precisava se alimentar direito.
Havia uma leveza nos diálogos dos dois, algo que não passava despercebido. Laerte e os demais trocavam olhares cúmplices e, discretamente, riam, fingindo não notar o interesse que crescia entre Paolo e a médica.
Ainda assim, o cotidiano não era menos sombrio. Paolo despertava antes do sol nascer e passava no galpão para o "café da manhã" de