Glauco caminhou até ela, decidido. Segurou-lhe o pequeno rosto entre as mãos e tomou os lábios dela, ainda levemente salgados pelas lágrimas.
Amália fechou os olhos. Deixou-se beijar. Seu corpo parecia flutuar nos braços dele.
Quando a respiração faltou, Glauco encostou a testa na dela, a voz baixa e suplicante:
— Me perdoe... sinceramente. Prometo nunca mais fazer isso. Estou muito arrependido. Pode me bater, pode me xingar, não importa... mas não vire as costas para mim. Não me silencie. Não deixe de falar comigo.
E antes que ela respondesse, ele tomou-lhe os lábios novamente.
Amália manteve os olhos fechados por alguns instantes, como se ainda lutasse contra a própria vontade. Sentia o coração acelerado, o peito pesado de mágoa... mas, ao mesmo tempo, a respiração quente de Glauco tão perto a fazia estremecer.
Seu corpo a traía sempre que estava nos braços dele, desde o primeiro dia em que ele a tirou à força do porão e a trouxe para o quarto. Ele levou sua virgindade, apresentou-l