Amália estava exausta nos braços de Glauco. Ele acariciava suavemente suas costas com a ponta dos dedos, observando seus olhos piscarem cada vez mais lentos, até que, por fim, ela se entregou completamente ao sono.
Glauco sorriu de leve, o canto dos lábios denunciando a paz que sentia ao vê-la descansar. Com cuidado, levantou-se da cama, tomou um banho rápido e, antes de sair, ajeitou as cortinas para que o quarto permanecesse na penumbra, protegendo o descanso dela. Amália se aconchegou contra o travesseiro, os cabelos espalhados pelo lençol, como se ainda buscasse o calor dele.
Descendo as escadas, já com fome, encontrou Nice na cozinha.
— Que bom que retornou, senhor. Disse ela, visivelmente aliviada. — Estava preocupada com a senhora. Nesse tempo em que o senhor esteve fora, ela não se alimentou direito... parecia triste e abatida.
Nice achou que devia contar, temendo que Amália, frágil daquele jeito, resolvesse ir embora. Percebia o quanto o patrão havia mudado desde que a trouxe