Laerte manteve o semblante neutro e desviou o olhar para outro porta-retrato qualquer, apontando-o com um leve sorriso irônico.
— E este? Parece francês… — Disse, disfarçando a tensão com um tom de brincadeira.
O anfitrião seguiu o jogo, mas com uma expressão que endurecia pouco a pouco.
— Não, não é. É um velho conhecido… Quem sabe, se continuar frequentando a casa e for… generoso… talvez ganhe seu espaço nessa parede também.
A frase veio acompanhada de um olhar afiado, quase desafiador.
— Mesmo? E de quanto dinheiro estamos falando? Laerte simulou interesse, recostando-se na cadeira.
— É um pequeno investimento. Depois, você tem parte nos lucros… como em qualquer negócio. Mas…
O homem se inclinou levemente para a frente, diminuindo o tom de voz, uma vez que entrar, não poderá mais sair.
Laerte manteve o sorriso, mas sentiu o peso da ameaça nas palavras.
Enquanto isso, pela cozinha, dois de seus homens se moviam com passos calculados. Um deles surpreendeu um segurança