Em Sorrento, Glauco levava Amália para casa.
Ela seguia calada, com o celular dele nas mãos. A tela já havia se apagado, mas ela o segurava como se fosse algo precioso.
Ele a observava de relance enquanto dirigia. O silêncio, aquele que sempre lhe fora agradável, agora o incomodava. Olhou para ela: olhar inexpressivo, lábios pálidos.
— Você está bem? Perguntou, tenso.
— Não! Pare o carro.
— O quê? Estranhou. Já estavam quase chegando à mansão.
— Pare o carro! Repetiu ela, tirando o cinto de segurança com pressa. O celular escorregou de suas mãos e quase caiu no assoalho, ficando sobre o banco.
Assim que ele encostou o veículo, Amália desceu às pressas, se curvando antes de vomitar.
Glauco soltou o cinto e, com suas pernas longas, a alcançou depois de passar a mão rapidamente no celular que ficou sobre o banco e colocar no bolso enquanto ia atrás dela.
Seu coração acelerou; estava assustado. Segurou os ombros dela, mas uma nova onda de náusea a fez vomitar novamente.
— O que houve? Vo