Os dias passaram num ritmo estranho. Lentos nas horas em que eu estava sozinha. Acelerados demais quando ele estava por perto.
E, como tudo com Salvatore, o inesperado virou rotina.
Os presentes começaram a aparecer quase todos os dias. Primeiro foi um perfume francês, forte e doce, como ele dizia que eu era. Depois, uma bolsa que eu já tinha visto em revista, mas que jamais pensei em tocar. E então, numa manhã de terça-feira, uma pequena caixa de veludo branco me esperava no travesseiro.
Dentro, uma pulseira fina de ouro branco, delicada como um segredo bem guardado. Gravado com perfeição no interior dela, em letras minúsculas e elegantes:
Giulia.
Segurei aquilo entre os dedos, o cora&