— Abre logo isso, mulher! — Giulia insistia, sentada na ponta do sofá com os cotovelos nos joelhos, olhos arregalados de curiosidade.
— Tô com medo. — respondi, rindo nervosa, com o teste ainda fechado nas mãos. — E se for negativo?
— A gente chora e tenta de novo. Mas se for positivo… ai, meu Deus, se for positivo! — ela bateu palmas e puxou a almofada contra o peito. — Anda logo, Serena! Eu tô grávida ou não tô? Porque se você estiver, eu tô grávida junto.
— Isso é chantagem emocional — murmurei, me levantando e andando em círculos pelo tapete claro da sala.
Estávamos na casa dela. Aurora brincava no quintal com dois cachorros enormes e completamente mimados por Salvatore. Ele estava na cozinha, jurando que sabia fazer lasanha. Mentira. Mas ninguém tinha coragem de impedir.
— Tá. Respira. Abre. — falei sozinha.
Entrei no banheiro com o coração batendo no pescoço.
O silêncio do corredor foi substituído por um grito estrangulado quando vi as duas listras surgirem como se sempre tivess