Te quero, Giovanni. - Serena e Giovanni
Os minutos passaram devagar. O quarto estava silencioso, abafado pelo som constante da respiração dela. Serena dormia com uma paz que parecia não pertencer a este mundo — e, definitivamente, não ao meu.
Mas eu não conseguia dormir.
O cheiro de ferrugem ainda estava nas minhas narinas, impregnado na pele. O som do último suspiro de Gabriele ainda ecoava dentro da minha cabeça, misturado com aquela súplica que veio tarde demais.
Eu me virei devagar, sem acordá-la. Ela continuava dormindo, os lábios entreabertos, o rosto sereno. Uma parte de mim queria ficar ali, só observando. Me convencer de que era suficiente.
Mas não era.
Levantei em silêncio e fui até o banheiro. A água quente começou a cair com força no box, como se estivesse tentando lavar também o que não se vê. Tirei o restante das roupas, agora completamente encharcadas do cheiro da noite passada.
Entrei debaixo da ducha e deixei que a água escorresse pelo meu corpo, queimando cada centímetro de pele. Era isso que eu queria. Se