A porta se abriu. Nem uma batida. Nem um aviso.
Meu corpo enrijeceu.
Salvatore entrou, sem pressa, como se aquele quarto — como se eu — já lhe pertencesse por completo. Fechou a porta com um estalo seco.
Não disse nada.
Meus lábios se abriram, mas nenhuma palavra saiu. O olhar dele cortava. Avaliava. Decidia.
Então, em três passos, ele estava em cima de mim.
— Fica de pé — ele ordenou.
Obedeci, mesmo sem pensar. As pernas tremiam.
Ele me virou de costas com firmeza, empur