Os dias passaram como se fossem um borrão quente e silencioso.
Três dias. Três noites. E tudo parecia ter virado uma rotina… do corpo, da pele, dos suspiros que eu prendia na garganta.
Acordava com o toque dele. Às vezes era direto — me puxando pela cintura e me colocando em cima dele como se eu fosse algo que já vinha com o quarto. Outras vezes, ele começava devagar, com beijos no meu pescoço e a mão subindo pela minha coxa até me fazer perder o fôlego.
A primeira vez tinha sido difícil, confusa, cheia de tensão. Mas agora... meu corpo reagia antes de mim. Eu podia dizer pra mim mesma que odiava, que era só uma troca, que estava ali por causa da minha mãe — e era verdade. Mas o corpo? O corpo mentia.