87- "Tilintar de taças."

A expressão de Laerte permaneceu impassível, mas o brilho nos olhos confirmou a hipótese de Damiano.

— Você é bem esperto... por isso Danilo te escolheu. Muito bem, quero o nome de quem está com Natalia. Você vai fazer uma ligação e vai descobrir. Agora me diga: com quem devo falar?

Laerte ainda sentado tirou do bolso o celular de Damiano. — Diga a senha. E com quem devo falar para saber onde ela está.

Damiano engasgou com a dor. O ar rarefeito entre as correntes parecia fugir de seus pulmões. — Eu... não sei onde ela está... talvez nem Danilo saiba. Depois que são vendidas, não temos mais contato com os “clientes” — disse com a voz falhando.

Laerte se levantou com um olhar glacial. Com calma letal, abaixou-se e puxou do cano da bota um punhal butterfly. Girou o punho com destreza — a lâmina dançou no ar com um som metálico que cortava mais do que o próprio aço.

Damiano, já ofegante, sentiu um frio subir pela espinha. A visão da lâmina aberta diante dos seus olhos parecia congelar o t
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