Giorgio pensava se devia ou não revelar. Observava o corte da roupa, o porte de Glauco, e percebeu que ele não era um homem comum. Rico, poderoso… talvez até um daqueles tipos excêntricos que pagariam qualquer quantia por uma mulher.
— Sim… eu fiz a negociação dela para um cliente. — Giorgio respondeu por fim, a voz baixa. — Mas não sei se ele vai querer vendê-la para você. Ele parece gostar muito dela.
Glauco manteve o semblante inalterado.
— Se convencê-lo a me vender, pode ficar com a corretagem… e mais o dinheiro desta consulta.
— Eu não sei… — Giorgio hesitou.
— Pode tentar, não pode? — Glauco replicou, a voz grave, firme, sem elevar o tom. Enquanto falava, discretamente pressionou um pequeno botão escondido em seu terno. Um microfone moderno foi ativado, transmitindo tudo dali em diante em tempo real para sua equipe e para Laerte.
Giorgio arqueou as sobrancelhas, medindo as palavras.
— Posso tentar, mas não posso prometer que o convenço.
— Estou disposto a pagar o que for necess