Dentro de Laerte havia um vulcão prestes a entrar em erupção. Ele queria, com as próprias mãos, eliminar cada um daqueles homens. Mas, desde que voltara a conviver com Glauco, aprendera algo essencial: paciência. Não a passividade, mas a calma necessária para agir com precisão e causar o menor dano possível aos que estavam ao redor.
Glauco costumava ser cirúrgico em suas decisões. Não haviam matado Ramón porque ainda havia incertezas quanto à sua utilidade. O mesmo ocorreu com Pérez, e mais tarde com Massimo e Giorgio. Enquanto houvesse a mínima chance de que precisassem deles, a ordem era mantê-los vivos. O importante, até então, era que saíssem todos ilesos.
Agora, porém, era diferente. Seus homens partiam preparados para matar. Natália já estava a salvo, e isso mudava tudo. Laerte até gostaria de estar lá, cravar a vingança com as próprias mãos. Mas sabia que não podia. Natália precisava dele. Os dois tinham muito a conversar, e mais do que isso: ela precisava de cuidado, de proteç