Depois de algum tempo, o casal se despediu de Amália com abraços e palavras de carinho. Dona Fátima ainda a olhou nos olhos como uma mãe preocupada, e Gerardo não deixou de repetir que ela deveria descansar. Só então deixaram o quarto, fechando a porta atrás de si.
Glauco, ao vê-los sair, sentiu a vontade imediata de perguntar como Amália havia conseguido chegar até Barcelona sem deixar sequer uma pista. Mas conteve-se. Achou melhor deixá-la descansar, depois de tudo o que havia acontecido, o mais importante era que o destino, de forma quase cruel e generosa, a havia colocado novamente em seu caminho. Mesmo com o acidente, ele só conseguia sentir gratidão por ela estar viva e, mais ainda, por tê-lo perdoado.
— Você deve descansar. Eu preciso resolver algumas coisas... como encontrar o taxista e pagar pelo carro. Disse ele com a voz baixa, mas firme.
— Claro, pode ir. Vou ficar aqui... não vou fugir. Amália respondeu, com um sorriso leve, quase brincando.
Glauco estreitou os olhos, a