O cheiro de pólvora ainda impregnava minhas roupas quando saí do restaurante. O silêncio da noite contrastava com o caos que havia se desenrolado ali dentro. Meus passos eram firmes, mas meu sangue ainda fervia. O rosto de Elena assombrava minha mente — seus olhos arregalados, sua respiração entrecortada, a dor misturada com um medo que ela tentava esconder.
Eu fiz o que precisava ser feito.
Pietro e Matia estavam logo atrás, atentos, mas em silêncio. Eles sabiam que não era o momento para palavras.
Meu celular vibrou no bolso. Olhei a tela e meu peito se apertou. Mamma.
Por um instante, o mundo ao meu redor parou. Meu coração bateu forte. Eu sabia que algo estava errado. Minha mãe nunca ligava. Nunca.
Atendi no segundo toque.
— Mamma?
O silêncio durou apenas um instante antes de uma risada baixa e carregada de escárnio encher minha orelha. Uma risada que eu nunca tinha ouvido antes, mas que instintivamente reconheci.
— Luca, Luca… sempre tão previsível.
Aslan Petrov.
Meus músculos en