O restaurante estava em silêncio, um silêncio mortal, como se o próprio ar estivesse aguardando o momento certo para se romper. O brilho das lâmpadas acima refletia nas superfícies ao redor, criando sombras distorcidas nas paredes. No centro daquela tensão, estava o pai de Elena, de pé, com a arma de Matia pressionada contra sua têmpora. Mas, ao contrário do que eu esperava, ele não parecia amedrontado. Seus olhos não tremiam de medo — eles brilhavam com uma mistura de desafio e desprezo, como se ainda acreditasse que estava no controle da situação. Como se ele tivesse um truque guardado na manga.
— Luca — ele disse, sua voz carregada de cinismo, cada palavra uma provocação. — Você acha que ganhou, não é? Que finalmente me pegou. Mas você não faz idei