O galpão estava escuro e abafado, as paredes de concreto impregnadas com o cheiro de umidade e sujeira. O som dos nossos passos ecoava na imensidão do espaço vazio, enquanto as lâmpadas de luz fria piscavam intermitentemente, criando uma atmosfera ainda mais opressiva. Matia e Pietro seguiam atrás de mim, os olhos fixos no caminho à nossa frente, cientes do que viria. O peso da decisão pesava no ar, mas a determinação em meu peito me impedia de hesitar.
Dentro do galpão, dois homens estavam presos a cadeias de ferro, seus corpos pendendo para frente, exaustos e sujos. Seus olhos estavam inchados, provavelmente das pancadas que haviam recebido antes de nossa chegada, mas ainda havia uma chama de desespero neles. Eles sabiam que estavam em nossas mãos agora.
Matia se aproximou de um deles, sua expressão fria e calculista.
— Está pronto para começar? — ele perguntou, sua voz baixa, mas firme.
Eu não olhei para Matia. Minha atenção estava totalmente voltada para os dois homens à minha fren