O amanhecer trouxe consigo o aroma do chá fresco e as primeiras notícias da nova temporada social, mas para Beatrice Fairweather, a verdadeira notícia daquela manhã veio em forma de papel dobrado e lacrado, cuidadosamente colocado sobre a mesa de seu quarto.
Ela pegou o bilhete com a ponta dos dedos, um misto de curiosidade e exasperação no olhar, pois sabia muito bem quem havia deixado aquela pequena carta. Afinal, nos últimos dias, as tentativas do Marquês de Hensley para conquistá-la não se limitavam aos encontros e jantares: ele havia decidido que os bilhetes dramáticos seriam sua arma mais eficaz — ou pelo menos a mais divertida.
Com um suspiro, Beatrice quebrou o lacre de cera vermelha e abriu o papel, revelando uma caligrafia apressada, porém cheia de entusiasmo:
"Senhorita Fairweather,
Se a primavera é bela, é porque lembra seu sorriso. Se o céu está claro, é porque reflete a luz dos seus olhos. Aceita, portanto, ser a estrela que ilumina minha existência?
Seu admirador poeta,