A manhã do grande dia amanheceu com uma luz suave e dourada, filtrando-se pelas janelas do castelo da tia Marigold. O aroma de flores recém-colhidas se espalhava pelos corredores, misturando-se ao perfume delicado que Beatrice escolhera para a ocasião — uma mistura de rosas brancas e lírios, lembrando a pureza e a elegância do momento. Cada detalhe daquele dia havia sido planejado com cuidado, e mesmo assim, a jovem sentia um frio na barriga, uma mistura de ansiedade e alegria que não conseguia disfarçar.
No quarto preparado especialmente para ela, Beatrice contemplava o vestido de noiva, obra-prima em cetim marfim bordado com fios de ouro delicados. O corpete ajustava-se perfeitamente ao seu corpo, realçando a cintura sem apertar, enquanto a saia se abria em camadas leves, caindo como uma cascata de seda até o chão. Sobre os ombros, um véu de renda francesa, quase transparente, completava a imponência da noiva. Seus olhos castanhos refletiam a luz do sol e um brilho quase irreprimíve