Beatrice não conseguiu dormir naquela noite. O quarto silencioso da propriedade da tia Marigold parecia ecoar cada palavra que trocara com Oliver na noite anterior. O travesseiro guardava o perfume de lavanda de seus cabelos, mas, para ela, era apenas mais um lembrete da inquietação que lhe consumia.
Ela sempre dissera a si mesma que o marquês de Hensley era um homem impossível: arrogante, debochado, escandaloso. Um verdadeiro tormento. Mas, agora, em sua ausência, descobria algo ainda mais perturbador — o silêncio deixado por ele era insuportável.
Os dias que se seguiram foram de pura contradição.
De manhã, quando abria as cortinas, seus olhos corriam para os jardins como se esperassem vê-lo surgir, altivo, talvez com um sorriso cínico nos lábios. Mas ele não vinha.
À tarde, o coração dela se acelerava ao ouvir cascos de cavalos na entrada, apenas para se decepcionar com algum criado ou visitante qualquer.
À noite, os pensamentos dela a torturavam. Oliver devia estar em sua proprieda